ANÁLISE DAS IMAGENS E DO DISCURSO NOS LEADS DAS
REVISTAS CLAUDIA E CAPRICHO
[1]
Jaqueline Machado
RESUMO:
A análise que faremos da capa das revistas Claúdia e Capricho, tem embasamento teórico na AD francesa, em decorrência de se considerar
a historicidade dos sentidos. Apresentamos alguns conceitos básicos, tais como:
sujeito, ideologia, discurso, sentido, língua e formação discursiva, histórico
da AD e por ultimo faremos a análise detalhada dos elementos presentes no
discurso dos leads da capa das revistas.
A Análise do Discurso (AD) articulada por Pêcheux surgiu na conjuntura política
e intelectual francesa, coincidindo com o auge do estruturalismo na Europa, sobretudo
na França, figurando como paradigma entre a filosofia e prática política.Na AD,
a proposta intelectual fundamenta-se na questão do sentido e se constitui no
espaço em que a Linguística tem a ver com a Filosofia e com as Ciências
Sociais. A linguagem só faz sentido porque se inscreve na história. A Análise de Discurso abrange três áreas de
conhecimento: a teoria da sintaxe e da enunciação; a teoria da ideologia e a
teoria do discurso, que é a determinação histórica dos processos de
significação, de acordo com Pêcheux (1995).
PALAVRAS-CHAVE:
Leads, discurso, capa de revistas
1.
INTRODUÇÃO
A
análise que faremos da capa das revistas Claúdia e Capricho, tem embasamento teórico na AD francesa, em decorrência de se considerar
a historicidade dos sentidos. Apresentamos alguns conceitos básicos, tais como:
sujeito, ideologia, discurso, sentido, língua e formação discursiva.
A Análise do Discurso (AD) articulada por
Pêcheux surgiu na conjuntura política e intelectual francesa, coincidindo com o
auge do estruturalismo na Europa, sobretudo na França, figurando como paradigma
entre a filosofia e prática política. O movimento de maio de 68 na França e as
novas interrogações que surgiram no âmbito das ciências humanas foram decisivos
para reverter o paradigma reinante e trazer o sujeito para o centro do novo
cenário. Para os defensores do paradigma estrutural, foi a constante e
deliberada exclusão do sujeito advinda com o corte saussureano, elemento suscetível
de discussões e divergências na análise do objeto científico.
Foucault, nos anos 60, deixou sua
contribuição para o desenvolvimento da AD apresentando suas posições teóricas,
primeiramente em As palavras e as coisas (1966), depois em Arqueologia
do saber (1969) e em
A ordem do discurso (1972), de onde advêm vários conceitos
para a Análise do Discurso francesa.
Na Análise do Discurso, a proposta
intelectual fundamenta-se na questão do sentido e se constitui no espaço em que
a Lingüística tem a ver com a Filosofia e com as Ciências Sociais. A linguagem
só faz sentido porque se inscreve na história. A Análise de Discurso abrange três áreas de
conhecimento: a teoria da sintaxe e da enunciação; a teoria da ideologia e a
teoria do discurso, que é a determinação histórica dos processos de
significação, de acordo com Pêcheux (1995).
2.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
2.1
ANÁLISE DO DISCURSO
A Análise do Discurso (AD)
articulada por Pêcheux surgiu na conjuntura
política e intelectual francesa, coincidindo
com o auge do estruturalismo na Europa,
sobretudo na França, figurando como paradigma
entre a filosofia e prática política. O
movimento de maio de 68 na França e as novas
interrogações que surgiram no âmbito das ciências humanas foram decisivos para
reverter o paradigma reinante e trazer o sujeito para o centro do novo cenário.
Para os defensores do paradigma estrutural, foi a constante e deliberada
exclusão do sujeito advinda com o corte saussureano, elemento suscetível de
discussões e divergências na análise do objeto científico. Foucault, nos anos
60, deixou sua contribuição para o desenvolvimento da AD apresentando suas
posições teóricas, primeiramente em As palavras e as coisas (1966), depois
em Arqueologia do saber (1969) e em A ordem do discurso
(1972), de onde advêm vários conceitos para a Análise do
Discurso francesa.
Outro pensador relevante foi Bakhtin, que
viveu na Rússia stalinista, motivo pelo qual sua obra só foi traduzida no
Ocidente no final da década de 60 (Marxismo e Filosofia da linguagem, de
1929; Estética e Teoria do romance; Estética da criação
verbal), período em
que influencia a reflexão da Análise do Discurso. Ele já trazia, em seus
escritos, a idéia da heterogeneidade, do dialogismo, da inscrição da
discursividade em um conjunto de traços sócio-históricos, em relação ao qual
todo sujeito é “obrigado” a se situar. Bakhtin foi filósofo, mas contribuiu com
suas reflexões para a lingüística e para a literatura.
Na Análise do Discurso, a proposta
intelectual fundamenta-se na questão do sentido e se constitui no espaço em que
a Lingüística tem a ver com a Filosofia e com as Ciências Sociais. A linguagem
só faz sentido porque se inscreve na história. A Análise de Discurso abrange
três áreas de conhecimento: a teoria da sintaxe e da enunciação; a teoria da
ideologia e a teoria do discurso, que é a determinação histórica dos processos de
significação, de acordo com Pêcheux (1995).
Da articulação dessas propostas de estudos do
discurso, resulta a posição crítica assumida nos anos 60 em relação à noção de
leitura, de interpretação, que problematiza a relação do sujeito com o sentido
(da língua com a história).
Discurso suscetível de discussões e
divergências na análise do objeto científico. A
Foucault, nos anos 60, deixou sua
contribuição para o desenvolvimento da AD apresentando suas posições teóricas,
primeiramente em As palavras e as coisas (1966), depois em Arqueologia
do saber (1969) e em A ordem do discurso (1972),
de onde advêm vários conceitos para a Análise do Discurso francesa.
2.2
SUJEITO
“O sujeito é sempre e ao
mesmo tempo sujeito da ideologia e sujeito do desejo
inconsciente e isso tem a ver com o fato de nossos corpos serem
atravessados pela
linguagem antes de qualquer cogitação” (HENRY, 1922, p. 188).
De acordo com Pêcheux (1969 1983): “o sujeito do discurso não é, então apenas
sujeito ideológico marxista-althusseriano, nem apenas o sujeito do inconsciente
freudo–lacaniano; tampouco uma junção entre essas duas partes”.
O que vai representar a diferença desse sujeito, a sua marca discursiva,
é o papel de intervenção da linguagem na perspectiva lingüística e histórica
que a AD lhe atribui. Pêcheux considera que a noção de sujeito deixa de ser uma
noção idealista, imanente; o sujeito da linguagem não é o sujeito em si, mas
tal como existe socialmente, interpelado pela ideologia. Dessa forma, o sujeito
não é origem, a fonte absoluta do sentido, porque, na sua fala, outras falas se
dizem. Trata-se da “ilusão discursiva do sujeito”, que “consiste em pensar que
ele é a fonte, a origem do sentido do que diz” (PÊCHEUX, 1995, p. 163).
2.2.1
IDEOLOGIA
I
Para Orlandi (2001 p.
45-8):
é o trabalho da ideologia: produzir
evidências, colocando o homem na relação imaginária com suas condições
materiais de existência. A ideologia é a condição para a constituição do
sujeito e dos sentidos (Pêcheux, 1988). O indivíduo é interpelado em sujeito
pela ideologia para que se produza o dizer.
Pêcheux
concebe que o sujeito tem sua característica comum, que é a de dissimular sua
existência no interior de seu próprio funcionamento, produzindo um tecido de
evidências “subjetivas”. A evidência do sujeito – a de que somos sempre já sujeitos
– apaga o fato de que o indivíduo é interpelado em sujeito pela ideologia. Esse
é
o
paradoxo pelo qual o sujeito é chamado à existência: sua interpelação pela ideologia.
2.2.2
SENTIDO
Para Pêcheux (1986), na
Análise do Discurso um dos “pontos fortes” é resignificar a noção de ideologia
a partir da consideração da linguagem. O fato mesmo de que não há sentido sem
interpretação atesta a presença da ideologia. Assim, não há sentido sem interpretação,
e, diante de qualquer objeto simbólico, o homem é levado a interpretar,
colocando-se diante da questão: o que isto quer dizer?
Para
Orlandi (2001, p. 46), nesse movimento da interpretação, o sentido aparece-nos
como evidência, como se estivesse já sempre lá. Interpreta-se e, ao mesmo
tempo, nega-se a interpretação, colocando-a no grau zero. Naturaliza-se o que é
produzido na relação do histórico e do simbólico. Mecanismo ideológico – de apagamento
da interpretação –, pressupõe a transposição de formas materiais em outras,
construindo-se transparências, como se a linguagem e a história não tivessem
sua espessura, sua opacidade para serem interpretadas por determinações
históricas que se apresentam como imutáveis naturalizadas.
2.2.3
LÍNGUA
Saussure atribui à língua,
concebida como um sistema, o estatuto de objeto dos estudos lingüísticos,
excluindo a fala desse campo. A língua se opõe à fala, sendo a primeira
sistêmica e objetiva e a segunda concreta, variável de acordo com cada falante
e, por isso, subjetiva.
Para Pêcheux, o deslocamento conceitual introduzido por Saussure
consiste em separar a homogeneidade cúmplice entre a prática e a teoria da
linguagem pois, sendo a língua pensada como um sistema, ela “deixa de ser
compreendida como tendo a função de exprimir sentido; ela torna-se um objeto do
qual uma ciência pode descrever o funcionamento” (Pêcheux, 1997b, p.62).
2.2.4
DISCURSO
Para Foucault (1969), o discurso é uma
dispersão, isto é, formado por elementos que não estão ligados por nenhum
princípio de unidade. Para descrever essa dispersão, cabe à AD estabelecer
regras capazes de reger a formação dos discursos.
Essas
regras de formação nada mais são que a “formação discursiva”, que se apresenta
sempre como um sistema de relações entre objetos, tipos enunciativos, conceitos
e estratégias.
Definindo
o discurso como um conjunto de enunciados que remete a uma mesma formação
discursiva (“um discurso é um conjunto de enunciados que tem seus princípios de
regularidade em uma mesma formação discursiva”), Foucault afirma que a análise
de uma formação discursiva consistirá na descrição dos enunciados que a
compõem. Para Pêcheux, é o efeito de sentido construído no processo de
interlocução.
Já para
Orlandi (2001), seguidora de Pêcheux, “O discurso não é fechado em
si mesmo
e nem é do domínio exclusivo do locutor: aquilo que se diz significa em
relação
ao que não se diz, ao lugar social do qual se diz, para quem se diz em relação
a outros discursos”.
2.2.5
FORMAÇÃO DISCURSIVA
Uma formação discursiva (FD)
é definida como
um conjunto de regras anônimas, históricas, sempre
determinadas no tempo e no espaço, que definiram uma época dada, e para uma
área social, econômica e geográfica ou lingüística dada, as condições de exercício
da função enunciativa (Foucault, 1987b, pp.43-4).
As FD’s estão posicionadas em complexos de FD’s relacionadas, referidas
como ‘interdiscurso’ e os significados específicos de uma FD são determinados
pelo exterior em sua relação com o interdiscurso. No entanto, os sujeitos não
estão conscientes desta determinação externa, percebendo-se como fonte dos
significados de uma FD, quando eles são, na verdade, seus efeitos.
A introdução do conceito de formação discursiva coloca em cheque a noção de máquina estrutural fechada, “na
medida em que o dispositivo da FD está em relação paradoxal com seu ‘exterior’:
uma FD não é um espaço estrutural fechado, pois é constitutivamente ‘invadida’
por elementos que vêm de outro lugar” (Pêcheux 1997a, p.314).
3
DESENVOLVIMENTO
Neste trabalho, analisaremos a capa das
revistas Claudia (anexo 1) e Capricho (anexo 2). A escolha do referido material
foi feita durante a leitura da revista. A análise do discurso presente no texto
,bem como seu viés ideológico, foi feita seguindo a visão de Foucault e Pêcheux, conforme nos orientou a professora da disciplina.
Para
entendermos melhor a formação discursiva presente em um texto, a análise do
discurso, possibilita-nos estudar as relações entre sujeito, discurso,
ideologia, língua entre outros.
Segundo Foucault (1987), um
conjunto de regras anônimas, históricas, sempre determinadas no tempo e no
espaço, que definiram uma época dada, e para uma área social, econômica e
geográfica ou lingüística dada, as condições de exercício da função
enunciativa.
A
revista Capricho tem conseguido retratar bem o que é de interesse dos jovens, a
cada nova edição ela consegue esclarecer inúmeras dúvidas, trás dicas e ainda
ótimas opções de entretenimento. A revista não é um conteúdo recente, ela teve
a sua primeira publicação em 1952, mas só começou a realmente fazer sucesso na
década de 80, quando fez dos jovens o seu público alvo.
Na
Capricho os jovens podem encontrar
conselhos sobre relacionamentos, notícias sobre música e ainda outros temas que
dominam o mundo teen. As garotas ainda podem conferir dicas de beleza e
consultar as previsões do horóscopo.
4
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Inicialmente faremos a análise
das imagens usadas e do discurso usado nos leads da capa da revista Claudia.
A revista Claudia tem como cor de
fundo uma tonalidade mais sóbria dando um certo requinte para a revista,temos
ilustrando a capa a cantora Ivete Sangalo ,mulher adulta,famosa,bonita,
descontraída e moderna. Temos ainda um lead que diz que: Ivete Sangalo na pobreza e na riqueza, ”sempre tive um pacto com a
felicidade”, esta frase certamente irá chamar a atenção dos leitores, despertar
curiosidades a respeito da vida da cantora e irá aproximá-la das leitoras com
menor poder aquisitivo ,porque Ivete também já foi pobre.
Seguindo a análise temos a
declaração de Pitanguy, que diz que “as
rugas são indispensáveis a dignidade de um rosto”, qual mulher depois dos
40 que não gostaria de ouvir isto ?Ainda mais vindo da boca de um dos mais
renomados cirurgiões plásticos do Brasil?
Entre muitos outros assuntos que
a revista elenca as mulheres ainda podem ter acesso a “receita” de como se livrar do homem errado e encontrar
o homem certo. Horóscopo que diz que Marte
desafia você a vencer todas as frentes: amor, trabalho saúde.
Diante do que está estampado na
capa da revista podemos inferir que apesar da revista Claudia ser voltado a um
público feminino relativamente culto e bem sucedido profissionalmente, ela ao
abordar este tipo de assunto entra no senso comum de que toda mulher
independentemente da classe social e nível intelectual, possui um viés de
insegurança e de falta de confiança em si mesmo.
A seguir faremos a analise da
revista Capricho voltada a um público mais jovem do que o público da revista
Claudia.
A revista Capricho traz como cor
de fundo uma tonalidade vibrante que contrasta com o nome da revista escrita em
cor fosforescente e vibrante, passando a ideologia de que seu público alvo é
jovem, jovem, alegre e descontraído sem medo de censura, temos ilustrando a
capa a jovem atriz Grazi (ex BBB) revelando que adora desafios. Seguindo, temos
em letras garrafais coloridas a seguinte frase: SE JOGUE NAS FÉRIAS!, fazendo uso de uma linguagem
coloquial e descontraída própria dos jovens, reforçando assim a idéia de que a
revista tem como alvo os jovens.A revista é repleta de conselhos,depoimentos e
sugestões de como o jovem deve se vestir e agir.Finalizando a analise da capa
da revista podemos observar,ainda, um teste que as jovens leitoras podem fazer
para saber se sabem se proteger do sol, penso que ao abordar esta temática a
revista está de certa forma “aliviando” a jovem leitora e dando a ela a imagem
de uma leitora que se preocupa também com sua saúde e não só com assuntos
fúteis.
5
CONSIDERAÇÔES FINAIS
Após a realização desse trabalho podemos observar que
as nossas revista sempre tem uma ideologia em seu discurso e que procura
adaptar-se a um determinado público,procurando sanar suas dúvidas e acalmando
seus dissabores,fazendo com que determinados leitores se identifiquem com elas
e façam delas seu conselheiro aquele suporte que elas precisam para continuar
lutando,pois sempre busca mostrar que as dúvidas e dissabores da vida são
universais e que até as mais belas e famosas mulheres também possuem.Diante
disso podemos observar que tudo isso fecha com
a idéia de Orlandi (2001),
seguidora de Pêcheux, que diz que: “O discurso não é fechado em
si mesmo e nem é do domínio exclusivo do locutor: aquilo que se diz significa
em relação ao que não se diz, ao lugar social do qual se diz, para quem se diz
em relação a outros discursos”.
6.
REFERÊNCIAS
ALTHUSSER, L. (1974) Ideologia
e aparelhos ideológicos de Estado. São Paulo: Martins Fontes.
BAKTHIN, M. (1992), Marxismo
e Filosofia da Linguagem: 6ª ed., São Paulo: Hucitec
BRANDÃO, H. H. N. (1991). Introdução à análise do discurso. Campinas: Editora da Unicamp.
MAINGUENEAU, D.(1989). Novas Tendências em análise do discurso. Campinas: Pontes
ORLANDI, E. (1988). Discurso
e Leitura. São Paulo: Cortez.
PÊCHEUX, M. (1990). Análise
Automática do Discurso. Campinas:
Editora da Unicamp.
TEXTO FONTE:
CAPA REVISTA CLAUDIA
CAPA REVISTA CAPRICHO
TEXTO-FONTE: Zero Hora,Jornal (12/06/09)
ANEXO 1
12 de junho de 2009
EDITORIAL
Desmandos no Senado
1.Depois
de surpreender o país com a descoberta de que tinha 600 funções comissionadas e
2.cargos
com gratificação, dos quais, 181 diretores, o Senado surpreende agora com a
revelação
3.de
uma inadmissível caixa-preta num órgão que deveria se pautar sempre pela
transparência:
4.atos
administrativos secretos foram usados para nomear parentes, amigos, criar
cargos e 5.aumentar salários. Levantamento feito por técnicos do Senado nos
últimos 45 dias, a pedido da
6.1ª
Secretaria, detectou cerca de 300 decisões que não foram publicadas, muitas
adotadas há
7.mais
de 10 anos. As medidas entraram em vigor, gerando gastos desnecessários e
suspeitas da 8.existência de funcionários-fantasmas. A mistura de ineficiência
e desmando político-9.administrativo consentida pelos próprios senadores pode
ser mensurada pelo aumento dos
10.gastos.
De R$ 2,1 bilhões em 2007, o montante subiu para R$ 2,8 bilhões no ano passado.
Para 11.este ano, a folha salarial é de R$ 3 bilhões 42,8% de aumento em dois
anos. O percentual é 12.explicável também pelo fato de muitos diretores
ganharem até R$ 20 mil mensais.
13.Esses novos dados ampliam algo que a sociedade já considerava abusivo e inadmissível. A
13.Esses novos dados ampliam algo que a sociedade já considerava abusivo e inadmissível. A
14.
revelação de que em administrações sucessivas ocorreram descontroles gerenciais
e as
15.funções
de comando foram utilizadas para favorecer parentes, amigos ou correligionários
16.ajuda
a explicar por que a imagem do Legislativo está tão desgastada e por que são
exigidas 17.providências mais efetivas do que as tomadas até agora. O excesso
de diretorias, revelação
18.que
à época foi considerada das mais escandalosas, era apenas uma das distorções –
e não a
19.mais
escandalosa. A existência de atos secretos de nomeações e exonerações indica
que as 20.próprias administrações do Senado tinham consciência de que havia
irregularidades e, pior,
21.que
elas precisavam ser mantidas fora do conhecimento da população. O caso mais
chocante é
22.o
da contratação do neto do senador e ex-presidente José Sarney, nomeado num jogo
de
23.toma
lá dá cá familiar e político.
24.O Senado tem obrigação de dar explicações convincentes sobre esses fatos e de
24.O Senado tem obrigação de dar explicações convincentes sobre esses fatos e de
25.adotar
medidas capazes de investigar e punir os faltosos do passado e, acima de tudo,
de impedir
26.que
se repitam.