domingo, 14 de abril de 2013

ANÁLISE DAS IMAGENS E DO DISCURSO NOS LEADS DAS REVISTAS CLAUDIA E CAPRICHO


ANÁLISE DAS IMAGENS E DO DISCURSO NOS LEADS DAS REVISTAS CLAUDIA E CAPRICHO
                                                     [1] Jaqueline Machado

RESUMO: A análise que faremos da capa das revistas Claúdia e Capricho, tem embasamento teórico na AD francesa, em decorrência de se considerar a historicidade dos sentidos. Apresentamos alguns conceitos básicos, tais como: sujeito, ideologia, discurso, sentido, língua e formação discursiva, histórico da AD e por ultimo faremos a análise detalhada dos elementos presentes no discurso dos leads da capa das revistas.
A Análise do Discurso (AD) articulada por Pêcheux surgiu na conjuntura política e intelectual francesa, coincidindo com o auge do estruturalismo na Europa, sobretudo na França, figurando como paradigma entre a filosofia e prática política.Na AD, a proposta intelectual fundamenta-se na questão do sentido e se constitui no espaço em que a Linguística tem a ver com a Filosofia e com as Ciências Sociais. A linguagem só faz sentido porque se inscreve na história. A  Análise de Discurso abrange três áreas de conhecimento: a teoria da sintaxe e da enunciação; a teoria da ideologia e a teoria do discurso, que é a determinação histórica dos processos de significação, de acordo com Pêcheux (1995).



PALAVRAS-CHAVE: Leads, discurso, capa de revistas
1. INTRODUÇÃO
       A análise que faremos da capa das revistas Claúdia e Capricho, tem embasamento teórico na AD francesa, em decorrência de se considerar a historicidade dos sentidos. Apresentamos alguns conceitos básicos, tais como: sujeito, ideologia, discurso, sentido, língua e formação  discursiva.
A Análise do Discurso (AD) articulada por Pêcheux surgiu na conjuntura política e intelectual francesa, coincidindo com o auge do estruturalismo na Europa, sobretudo na França, figurando como paradigma entre a filosofia e prática política. O movimento de maio de 68 na França e as novas interrogações que surgiram no âmbito das ciências humanas foram decisivos para reverter o paradigma reinante e trazer o sujeito para o centro do novo cenário. Para os defensores do paradigma estrutural, foi a constante e deliberada exclusão do sujeito advinda com o corte saussureano, elemento suscetível de discussões e divergências na análise do objeto científico.
Foucault, nos anos 60, deixou sua contribuição para o desenvolvimento da AD apresentando suas posições teóricas, primeiramente em As palavras e as coisas (1966), depois em Arqueologia do saber (1969) e em A ordem do discurso (1972), de onde advêm vários conceitos para a Análise do Discurso francesa.
Na Análise do Discurso, a proposta intelectual fundamenta-se na questão do sentido e se constitui no espaço em que a Lingüística tem a ver com a Filosofia e com as Ciências Sociais. A linguagem só faz sentido porque se inscreve na história. A  Análise de Discurso abrange três áreas de conhecimento: a teoria da sintaxe e da enunciação; a teoria da ideologia e a teoria do discurso, que é a determinação histórica dos processos de significação, de acordo com Pêcheux (1995).
2. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
2.1 ANÁLISE DO DISCURSO
             A Análise do Discurso (AD) articulada por Pêcheux surgiu na conjuntura
política e intelectual francesa, coincidindo com o auge do estruturalismo na Europa,
sobretudo na França, figurando como paradigma entre a filosofia e prática política. O
movimento de maio de 68 na França e as novas interrogações que surgiram no âmbito das ciências humanas foram decisivos para reverter o paradigma reinante e trazer o sujeito para o centro do novo cenário. Para os defensores do paradigma estrutural, foi a constante e deliberada exclusão do sujeito advinda com o corte saussureano, elemento suscetível de discussões e divergências na análise do objeto científico. Foucault, nos anos 60, deixou sua contribuição para o desenvolvimento da AD apresentando suas posições teóricas, primeiramente em As palavras e as coisas (1966), depois em Arqueologia do saber (1969) e em A ordem do discurso (1972), de onde advêm vários conceitos para a Análise do Discurso francesa.
Outro pensador relevante foi Bakhtin, que viveu na Rússia stalinista, motivo pelo qual sua obra só foi traduzida no Ocidente no final da década de 60 (Marxismo e Filosofia da linguagem, de 1929; Estética e Teoria do romance; Estética da criação
verbal), período em que influencia a reflexão da Análise do Discurso. Ele já trazia, em seus escritos, a idéia da heterogeneidade, do dialogismo, da inscrição da discursividade em um conjunto de traços sócio-históricos, em relação ao qual todo sujeito é “obrigado” a se situar. Bakhtin foi filósofo, mas contribuiu com suas reflexões para a lingüística e para a literatura.
Na Análise do Discurso, a proposta intelectual fundamenta-se na questão do sentido e se constitui no espaço em que a Lingüística tem a ver com a Filosofia e com as Ciências Sociais. A linguagem só faz sentido porque se inscreve na história. A Análise de Discurso abrange três áreas de conhecimento: a teoria da sintaxe e da enunciação; a teoria da ideologia e a teoria do discurso, que é a determinação histórica dos processos de significação, de acordo com Pêcheux (1995).
Da articulação dessas propostas de estudos do discurso, resulta a posição crítica assumida nos anos 60 em relação à noção de leitura, de interpretação, que problematiza a relação do sujeito com o sentido (da língua com a história).
Discurso suscetível de discussões e divergências na análise do objeto científico. A
Foucault, nos anos 60, deixou sua contribuição para o desenvolvimento da AD apresentando suas posições teóricas, primeiramente em As palavras e as coisas (1966), depois em Arqueologia do saber (1969) e em A ordem do discurso (1972), de onde advêm vários conceitos para a Análise do Discurso francesa.

2.2 SUJEITO
             
       “O sujeito é sempre e ao mesmo tempo sujeito da ideologia e sujeito do desejo
inconsciente e isso tem a ver com o fato de nossos corpos serem atravessados pela
linguagem antes de qualquer cogitação” (HENRY, 1922, p. 188).
De acordo com Pêcheux (1969 1983): “o sujeito do discurso não é, então apenas sujeito ideológico marxista-althusseriano, nem apenas o sujeito do inconsciente freudo–lacaniano; tampouco uma junção entre essas duas partes”.
O que vai representar a diferença desse sujeito, a sua marca discursiva, é o papel de intervenção da linguagem na perspectiva lingüística e histórica que a AD lhe atribui. Pêcheux considera que a noção de sujeito deixa de ser uma noção idealista, imanente; o sujeito da linguagem não é o sujeito em si, mas tal como existe socialmente, interpelado pela ideologia. Dessa forma, o sujeito não é origem, a fonte absoluta do sentido, porque, na sua fala, outras falas se dizem. Trata-se da “ilusão discursiva do sujeito”, que “consiste em pensar que ele é a fonte, a origem do sentido do que diz” (PÊCHEUX, 1995, p. 163).

           
2.2.1 IDEOLOGIA
            I
Para Orlandi (2001 p. 45-8):
é o trabalho da ideologia: produzir evidências, colocando o homem na relação imaginária com suas condições materiais de existência. A ideologia é a condição para a constituição do sujeito e dos sentidos (Pêcheux, 1988). O indivíduo é interpelado em sujeito pela ideologia para que se produza o dizer.


Pêcheux concebe que o sujeito tem sua característica comum, que é a de dissimular sua existência no interior de seu próprio funcionamento, produzindo um tecido de evidências “subjetivas”. A evidência do sujeito – a de que somos sempre já sujeitos – apaga o fato de que o indivíduo é interpelado em sujeito pela ideologia. Esse é
o paradoxo pelo qual o sujeito é chamado à existência: sua interpelação pela ideologia.


2.2.2 SENTIDO

            Para Pêcheux (1986), na Análise do Discurso um dos “pontos fortes” é resignificar a noção de ideologia a partir da consideração da linguagem. O fato mesmo de que não há sentido sem interpretação atesta a presença da ideologia. Assim, não há sentido sem interpretação, e, diante de qualquer objeto simbólico, o homem é levado a interpretar, colocando-se diante da questão: o que isto quer dizer?
Para Orlandi (2001, p. 46), nesse movimento da interpretação, o sentido aparece-nos como evidência, como se estivesse já sempre lá. Interpreta-se e, ao mesmo tempo, nega-se a interpretação, colocando-a no grau zero. Naturaliza-se o que é produzido na relação do histórico e do simbólico. Mecanismo ideológico – de apagamento da interpretação –, pressupõe a transposição de formas materiais em outras, construindo-se transparências, como se a linguagem e a história não tivessem sua espessura, sua opacidade para serem interpretadas por determinações históricas que se apresentam como imutáveis naturalizadas.


2.2.3 LÍNGUA

          Saussure atribui à língua, concebida como um sistema, o estatuto de objeto dos estudos lingüísticos, excluindo a fala desse campo. A língua se opõe à fala, sendo a primeira sistêmica e objetiva e a segunda concreta, variável de acordo com cada falante e, por isso, subjetiva.
Para Pêcheux, o deslocamento conceitual introduzido por Saussure consiste em separar a homogeneidade cúmplice entre a prática e a teoria da linguagem pois, sendo a língua pensada como um sistema, ela “deixa de ser compreendida como tendo a função de exprimir sentido; ela torna-se um objeto do qual uma ciência pode descrever o funcionamento” (Pêcheux, 1997b, p.62).

2.2.4 DISCURSO

       Para Foucault (1969), o discurso é uma dispersão, isto é, formado por elementos que não estão ligados por nenhum princípio de unidade. Para descrever essa dispersão, cabe à AD estabelecer regras capazes de reger a formação dos discursos.
Essas regras de formação nada mais são que a “formação discursiva”, que se apresenta sempre como um sistema de relações entre objetos, tipos enunciativos, conceitos e estratégias.
Definindo o discurso como um conjunto de enunciados que remete a uma mesma formação discursiva (“um discurso é um conjunto de enunciados que tem seus princípios de regularidade em uma mesma formação discursiva”), Foucault afirma que a análise de uma formação discursiva consistirá na descrição dos enunciados que a compõem. Para Pêcheux, é o efeito de sentido construído no processo de interlocução.
Já para Orlandi (2001), seguidora de Pêcheux, O discurso não é fechado em
si mesmo e nem é do domínio exclusivo do locutor: aquilo que se diz significa em
relação ao que não se diz, ao lugar social do qual se diz, para quem se diz em relação a outros discursos”.


2.2.5 FORMAÇÃO DISCURSIVA
      Uma formação discursiva (FD) é definida como
um conjunto de regras anônimas, históricas, sempre determinadas no tempo e no espaço, que definiram uma época dada, e para uma área social, econômica e geográfica ou lingüística dada, as condições de exercício da função enunciativa (Foucault, 1987b, pp.43-4).
As FD’s estão posicionadas em complexos de FD’s relacionadas, referidas como ‘interdiscurso’ e os significados específicos de uma FD são determinados pelo exterior em sua relação com o interdiscurso. No entanto, os sujeitos não estão conscientes desta determinação externa, percebendo-se como fonte dos significados de uma FD, quando eles são, na verdade, seus efeitos.
A introdução do conceito de formação discursiva coloca em cheque  a noção de máquina estrutural fechada, “na medida em que o dispositivo da FD está em relação paradoxal com seu ‘exterior’: uma FD não é um espaço estrutural fechado, pois é constitutivamente ‘invadida’ por elementos que vêm de outro lugar” (Pêcheux 1997a, p.314).

3 DESENVOLVIMENTO

 Neste trabalho, analisaremos a capa das revistas Claudia (anexo 1) e Capricho (anexo 2). A escolha do referido material foi feita durante a leitura da revista. A análise do discurso presente no texto ,bem como seu viés ideológico, foi feita seguindo a visão de Foucault e Pêcheux, conforme nos orientou a professora da disciplina.
Para entendermos melhor a formação discursiva presente em um texto, a análise do discurso, possibilita-nos estudar as relações entre sujeito, discurso, ideologia, língua entre outros.
Segundo Foucault (1987), um conjunto de regras anônimas, históricas, sempre determinadas no tempo e no espaço, que definiram uma época dada, e para uma área social, econômica e geográfica ou lingüística dada, as condições de exercício da função enunciativa.
A revista Capricho tem conseguido retratar bem o que é de interesse dos jovens, a cada nova edição ela consegue esclarecer inúmeras dúvidas, trás dicas e ainda ótimas opções de entretenimento. A revista não é um conteúdo recente, ela teve a sua primeira publicação em 1952, mas só começou a realmente fazer sucesso na década de 80, quando fez dos jovens o seu público alvo.
Na Capricho os jovens podem  encontrar conselhos sobre relacionamentos, notícias sobre música e ainda outros temas que dominam o mundo teen. As garotas ainda podem conferir dicas de beleza e consultar as previsões do horóscopo.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Inicialmente faremos a análise das imagens usadas e do discurso usado nos leads da capa da revista Claudia.
A revista Claudia tem como cor de fundo uma tonalidade mais sóbria dando um certo requinte para a revista,temos ilustrando a capa a cantora Ivete Sangalo ,mulher adulta,famosa,bonita, descontraída e moderna. Temos ainda um lead que diz que: Ivete Sangalo na pobreza e na riqueza, ”sempre tive um pacto com a felicidade”, esta frase certamente irá chamar a atenção dos leitores, despertar curiosidades a respeito da vida da cantora e irá aproximá-la das leitoras com menor poder aquisitivo ,porque Ivete também já foi pobre.
Seguindo a análise temos a declaração de Pitanguy, que diz que “as rugas são indispensáveis a dignidade de um rosto”, qual mulher depois dos 40 que não gostaria de ouvir isto ?Ainda mais vindo da boca de um dos mais renomados cirurgiões plásticos do Brasil?
Entre muitos outros assuntos que a revista elenca as mulheres ainda podem ter acesso a “receita” de como se livrar do homem errado e encontrar o homem certo. Horóscopo que diz que Marte desafia você a vencer todas as frentes: amor, trabalho saúde.
Diante do que está estampado na capa da revista podemos inferir que apesar da revista Claudia ser voltado a um público feminino relativamente culto e bem sucedido profissionalmente, ela ao abordar este tipo de assunto entra no senso comum de que toda mulher independentemente da classe social e nível intelectual, possui um viés de insegurança e de falta de confiança em si mesmo.
A seguir faremos a analise da revista Capricho voltada a um público mais jovem do que o público da revista Claudia.

A revista Capricho traz como cor de fundo uma tonalidade vibrante que contrasta com o nome da revista escrita em cor fosforescente e vibrante, passando a ideologia de que seu público alvo é jovem, jovem, alegre e descontraído sem medo de censura, temos ilustrando a capa a jovem atriz Grazi (ex BBB) revelando que adora desafios. Seguindo, temos em letras garrafais coloridas a seguinte frase: SE JOGUE NAS FÉRIAS!, fazendo uso de uma linguagem coloquial e descontraída própria dos jovens, reforçando assim a idéia de que a revista tem como alvo os jovens.A revista é repleta de conselhos,depoimentos e sugestões de como o jovem deve se vestir e agir.Finalizando a analise da capa da revista podemos observar,ainda, um teste que as jovens leitoras podem fazer para saber se sabem se proteger do sol, penso que ao abordar esta temática a revista está de certa forma “aliviando” a jovem leitora e dando a ela a imagem de uma leitora que se preocupa também com sua saúde e não só com assuntos fúteis.

5 CONSIDERAÇÔES FINAIS

Após a realização desse trabalho podemos observar que as nossas revista sempre tem uma ideologia em seu discurso e que procura adaptar-se a um determinado público,procurando sanar suas dúvidas e acalmando seus dissabores,fazendo com que determinados leitores se identifiquem com elas e façam delas seu conselheiro aquele suporte que elas precisam para continuar lutando,pois sempre busca mostrar que as dúvidas e dissabores da vida são universais e que até as mais belas e famosas mulheres também possuem.Diante disso podemos observar que tudo isso fecha com  a idéia de Orlandi (2001), seguidora de Pêcheux,  que diz que: O discurso não é fechado em si mesmo e nem é do domínio exclusivo do locutor: aquilo que se diz significa em relação ao que não se diz, ao lugar social do qual se diz, para quem se diz em relação a outros discursos”.

      


6. REFERÊNCIAS

ALTHUSSER, L. (1974) Ideologia e aparelhos ideológicos de Estado. São Paulo: Martins  Fontes.

BAKTHIN, M. (1992), Marxismo e Filosofia da Linguagem: 6ª ed., São Paulo: Hucitec

BRANDÃO, H. H. N. (1991). Introdução à análise do discurso. Campinas: Editora da Unicamp.

MAINGUENEAU, D.(1989). Novas Tendências em análise do discurso. Campinas: Pontes

ORLANDI, E. (1988). Discurso e Leitura. São Paulo: Cortez.

PÊCHEUX, M. (1990). Análise Automática do Discurso. Campinas:  Editora da Unicamp.
           
TEXTO FONTE:

CAPA REVISTA CLAUDIA
CAPA REVISTA CAPRICHO



:
TEXTO-FONTE: Zero Hora,Jornal (12/06/09)

ANEXO  1


12 de junho de 2009

EDITORIAL

Desmandos no Senado


1.Depois de surpreender o país com a descoberta de que tinha 600 funções comissionadas e
2.cargos com gratificação, dos quais, 181 diretores, o Senado surpreende agora com a revelação
3.de uma inadmissível caixa-preta num órgão que deveria se pautar sempre pela transparência:
4.atos administrativos secretos foram usados para nomear parentes, amigos, criar cargos e 5.aumentar salários. Levantamento feito por técnicos do Senado nos últimos 45 dias, a pedido da
6.1ª Secretaria, detectou cerca de 300 decisões que não foram publicadas, muitas adotadas há
7.mais de 10 anos. As medidas entraram em vigor, gerando gastos desnecessários e suspeitas da 8.existência de funcionários-fantasmas. A mistura de ineficiência e desmando político-9.administrativo consentida pelos próprios senadores pode ser mensurada pelo aumento dos
10.gastos. De R$ 2,1 bilhões em 2007, o montante subiu para R$ 2,8 bilhões no ano passado. Para 11.este ano, a folha salarial é de R$ 3 bilhões 42,8% de aumento em dois anos. O percentual é 12.explicável também pelo fato de muitos diretores ganharem até R$ 20 mil mensais.

13.Esses novos dados ampliam algo que a sociedade já considerava abusivo e inadmissível. A
14. revelação de que em administrações sucessivas ocorreram descontroles gerenciais e as
15.funções de comando foram utilizadas para favorecer parentes, amigos ou correligionários
16.ajuda a explicar por que a imagem do Legislativo está tão desgastada e por que são exigidas 17.providências mais efetivas do que as tomadas até agora. O excesso de diretorias, revelação
18.que à época foi considerada das mais escandalosas, era apenas uma das distorções – e não a
19.mais escandalosa. A existência de atos secretos de nomeações e exonerações indica que as 20.próprias administrações do Senado tinham consciência de que havia irregularidades e, pior,
21.que elas precisavam ser mantidas fora do conhecimento da população. O caso mais chocante é
22.o da contratação do neto do senador e ex-presidente José Sarney, nomeado num jogo de
23.toma lá dá cá familiar e político.

24.O Senado tem obrigação de dar explicações convincentes sobre esses fatos e de
25.adotar medidas capazes de investigar e punir os faltosos do passado e, acima de tudo, de impedir
26.que se repitam.


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