RESUMO
O presente artigo intitulado” A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PRÉVIO EM LEITURA”, tem como finalidade realizar um estudo
acerca de como se processa a compreensão de um texto quando vai ser lido e quais as
estratégias que devemos usar para a atingir o objetivo proposto. O trabalho foi
desenvolvimento baseado em pesquisas bibliográficas de autores como: Leffa,Boff,Kleiman,
entre outros.
Primeiramente faremos uma definição
sobre o que é leitura, após parte-se para o estudo sobre leitura e conhecimento
prévio, que é o assunto do segundo título, aí podemos estudar um pouco mais
sobre como acontece a compreensão de um texto lido e quais os mecanismos que
devemos acionar para que encontremos significado e entendimento do objeto lido.
Palavras-Chave: leitura, conhecimento prévio,
compreensão.
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INTRODUÇÃO
O presente artigo intitulado” A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PRÉVIO EM LEITURA”,
tem como finalidade realizar
um estudo acerca de como se processa a compreensão de um texto quando vai ser lido e quais as
estratégias que devemos usar para a atingir os objetivos propostos.
Primeiramente
faremos uma definição sobre o que é leitura, após parte-se para o estudo sobre
leitura e conhecimento prévio, que é o assunto do segundo título, aí podemos
estudar um pouco mais sobre como acontece a compreensão de um texto lido e
quais os mecanismos que devemos acionar para que encontremos significado e
entendimento do objeto lido.
Sabe-se que segundo os Parâmetros
Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa ler, não se trata simplesmente de
extrair informações da escrita, decodificando-a letra por letra, palavra por
palavra.
Trata-se de uma atividade que
implica, necessariamente, compreensão na qual os sentidos começam a ser
construídos antes da leitura propriamente dita. Qualquer leitor experiente que
conseguir analisar sua própria leitura constatará que a decodificação é apenas
um dos procedimentos que utilizamos quando lemos: a leitura fluente envolve uma
série de outras estratégias como seleção, antecipação, inferências e
verificação, sem as quais não é possível rapidez e proficiência. É o uso desses
procedimentos que permite constatar o que vai sendo lido, tomar decisões diante
de dificuldades de compreensão, arriscar-se diante do desconhecido, buscar no
texto a comprovação das suposições feitas e fazer acontecer o entendimento e a
interação entre texto, autor e leitor.
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O QUE É LEITURA
Como podemos dar uma resposta precisa
para uma pergunta tão simples, mas ao mesmo tempo tão complexa como essa?
Diante dessa pergunta, procuraremos buscar possíveis respostas para isso em
autores consagrados na área.
Silva (1984, p.37) explica que a
leitura é um processo interativo, um intervir de vários fatores individuais,
inconscientes e conscientes, que nos fazem compreender um texto escrito. A
compreensão de um texto envolve o entendimento gramatical de palavras e frases,
o entendimento dos argumentos, das motivações e intenções inerentes ao próprio
texto e ao autor, envolve o entendimento do contexto. Ou seja, a compreensão de textos envolve
processos cognitivos múltiplos. E aqui, texto é tanto a bula de remédio quanto
a cartilha técnica ou o poema. E tanto faz em que língua seja.
A
leitura é um processamento onde os diversos conhecimentos prévios atuam
concomitantemente, esforçando-se, revezando-se, para trazer-nos o entendimento
do texto. A ativação do conhecimento prévio é essencial à compreensão do texto,
pois são os conhecimentos do leitor que lhe permitem fazer as inferências
necessárias para dar coesão à leitura.
Segundo Silva (1984):
A leitura é uma forma de encontro entre o homem e a realidade
sócio-cultural: o livro (ou qualquer outro tipo de material escrito) é sempre
uma emersão do homem do processo histórico, é sempre a encarnação de uma
intencionalidade e, por isso mesmo, sempre reflete o humano (p.41).
Diante dessa
idéia do que é leitura, percebemos que ler é muito mais complexo do que parece.
Ler é ressignificar conceitos, é ir além de uma simples decodificação de
símbolos, pois envolve uma série de práticas e experiências e diversos aspectos
tais como: idade do leitor, tipo de leitura que busca nível intelectual, a
necessidade e os fins dessa, o mundo em que esse leitor está inserido, entre
outros aspectos.
Silva (1984, p. 45) afirma que “ler é,
em última instância, não só uma ponte para tomada de consciência, mas também um
modo de existir no qual o indivíduo compreende e interpreta a expressão
registrada pela escrita e passa a compreender o mundo.” Assim, podemos afirmar
que uma pessoa que possui o hábito de ler com freqüência tem maior facilidade
para resolver situações, comunicar-se com seus semelhantes e também muito mais
êxito em seus estudos, caso ainda o faça. É importante considerar como o leitor
ativa seu conhecimento de mundo para interagir com o texto no ato da leitura.
Para Kleiman (2001), o conhecimento
prévio é o nosso repertório, os nossos conhecimentos adquiridos e que fazem
parte de nossa memória e inteligência utilizadas quando necessários na leitura.
A autora aponta três tipos de conhecimentos prévios: conhecimento lingüístico,
de mundo e textual. O conhecimento lingüístico é o básico dos conhecimentos
prévios de leitura, é o falar uma língua desde nascença, é o conhecimento de
uso da língua nativa que cada indivíduo tem. O conhecimento textual diz
respeito ao conhecimento dos tipos de textos existentes, de suas estruturas e
domínios discursivos, bem como de seus usos, o que faz uma homilia diferente de
um poema e um poema diferente de um despacho jurídico, formalmente falando. O
conhecimento enciclopédico ou conhecimento de mundo trata-se de nosso
embasamento cultural, dos conhecimentos que vamos acumulando no cotidiano, nas
nossas experiências, vivências e aprendizagens. Quando
citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da
leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume.
Conforme afirma Boff (2001), cada um lê com os olhos que tem e interpreta onde
os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que
alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de
mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. Sendo assim, fica evidente que cada leitor é
co-autor.
Portanto,
podemos concluir que leitura é a interação entre as informações do texto e o
conhecimento prévio do leitor. Assim, quanto maior é o seu conhecimento sobre o
assunto, o texto e a língua, melhor será o entendimento do leitor.
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LEITURA E
CONHECIMENTO PRÉVIO
A
leitura não pode ser concebida única e exclusivamente como um processo de
decodificação. O processo de leitura é considerado ativo porque inclui
predição, elaboração de hipóteses, previsões a respeito do texto e o leitor
observa os recursos visuais, gráficos e sonoros (título, ilustração, gráfico,
silhueta, tipo de letra etc.) e levanta uma série de hipóteses e começa a
testá-las. Como afirma Leffa (1996:14), “a qualidade do ato da leitura não é
medida pela qualidade intrínseca do texto, mas pela qualidade da reação do
leitor”.
Assim, o texto faz a mediação para a
comunicação ou interação entre dois contextos: o do autor e o do leitor. É
neste sentido que autor e leitor interagem atribuindo significados ao texto, muitas
vezes quando lemos determinado texto ou uma charge agimos conforme o
conhecimento prévio que possuímos, uma mesma charge pode ser muito engraçada
para uma pessoa e sem significado algum para outra e isso depende do conhecimento
prévio sobre o assunto que cada uma delas possui.
Segundo Leffa (1996), na
interação com o meio, o indivíduo vai percebendo que determinadas experiências apresentam
características comuns com outras. Um almoço em casa com a família pode ser
diferente de um almoço num restaurante com um executivo importante, mas há
entre um e outro uma série de elementos comum que tipicamente caracterizam o
acontecimento como almoço: a hora, o uso de talheres, a ingestão de alimentos,
etc.
Esses mecanismos que
acionamos ao efetuarmos uma leitura são elementos que formam um esquema são
conhecidos como variáveis. Essas variáveis se caracterizam justamente pela
possibilidade de variação entre um acontecimento e outro.
Dessa
forma, a leitura é um processo cognitivo que depende da participação do leitor,
o qual atua dotado de sua própria “bagagem” cultural, participando também da
construção do significado. E nessa relação com o texto, em busca das intenções
do autor, o leitor torna-se participante da interação comunicativa.
Para Kleiman (1989),
“(...) leitura implica uma atividade de procura pelo leitor, no seu passado de
lembranças e conhecimentos, daqueles que são relevantes à compreensão de um
texto, que fornece pistas e sugere caminhos, mas que certamente não explicita
tudo o que seria possível explicitar”.
Para a referida
autora, a leitura é um processo interativo, pois resulta da interação de
diversos níveis de conhecimento – o conhecimento lingüístico, o conhecimento
textual e o conhecimento de mundo. Para compreender um texto, o leitor utiliza
o conhecimento prévio que é constituído por todo o conhecimento reunido ao
longo de sua vida.
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CONCLUSÃO
Após a realização da leitura de
diferentes autores concluímos que enquanto lê, o indivíduo interage, dialoga
com o texto que tem à sua frente, ativando uma série de operações mentais e
estratégias de leitura. Além disso, a leitura implica uma interação entre o
conhecimento prévio do leitor e os dados fornecidos pelo texto. Conscientes
disso, os alunos compreenderão suas próprias estratégias de leitura, ou seja,
“o quê” e “como” fizeram para alcançar a compreensão de um texto.
Assim,
aprendemos que para que se perceba mais claramente como funciona a teoria da
compreensão de textos, alguns aspectos devem ser considerados, como a
argumentação, a leitura, o conhecimento prévio e a intertextualidade.
BIBLIOGRAFIA
BOFF Leonardo. A águia e a galinha: uma metáfora da condição humana. 37 ed., 2001.
Ed. Vozes.
KLEIMAN
Ângela. Leitura ensino e pesquisa. 2
ed. São Paulo: Cortez, 2001SCOTT. entrelinhas.
Cadernos PUC, São Paulo: 16,
KLEIMAN,
Ângela. Texto e leitor – aspectos
cognitivos da leitura. Campinas/São Paulo, Pontes, 1989.
LEFFA,
Vilson. Aspectos da leitura/uma
perspectiva psicolingüística. Porto Alegre, Sagra Luzzato, 1996.
SILVA,
Ezequiel T. O ato de ler: fundamentos
psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. São Paulo: Cortez, 1984.
SMITH,
Frank. Compreendendo a Leitura: uma
análise psicolingüística da leitura e do aprender a ler. Porto Alegre,
Artes Médicas, 1989
SC SCOTT, M. Lendo nas entrelinhas. Cadernos PUC, São
.
Oi, Jaqueline
ResponderExcluirTudo bem?
Estou criando um blog e achei muito interessante o seu. Podemos "trocar figurinhas"?