domingo, 14 de abril de 2013

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PRÉVIO EM LEITURA


RESUMO

     O presente artigo intitulado” A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PRÉVIO EM LEITURA”, tem como finalidade realizar um estudo acerca de como se processa a compreensão  de um texto quando vai ser lido e quais as estratégias que devemos usar para a atingir o objetivo proposto. O trabalho foi desenvolvimento baseado em pesquisas bibliográficas de autores como: Leffa,Boff,Kleiman, entre outros.
Primeiramente faremos uma definição sobre o que é leitura, após parte-se para o estudo sobre leitura e conhecimento prévio, que é o assunto do segundo título, aí podemos estudar um pouco mais sobre como acontece a compreensão de um texto lido e quais os mecanismos que devemos acionar para que encontremos significado e entendimento do objeto lido.
Palavras-Chave: leitura, conhecimento prévio, compreensão.
                                                                   

1        INTRODUÇÃO


    O presente artigo intitulado” A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PRÉVIO EM LEITURA”, tem como finalidade realizar um estudo acerca de como se processa a compreensão  de um texto quando vai ser lido e quais as estratégias que devemos usar para a atingir os objetivos propostos.
Primeiramente faremos uma definição sobre o que é leitura, após parte-se para o estudo sobre leitura e conhecimento prévio, que é o assunto do segundo título, aí podemos estudar um pouco mais sobre como acontece a compreensão de um texto lido e quais os mecanismos que devemos acionar para que encontremos significado e entendimento do objeto lido.
        Sabe-se que segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa ler, não se trata simplesmente de extrair informações da escrita, decodificando-a letra por letra, palavra por palavra.
            Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente, compreensão na qual os sentidos começam a ser construídos antes da leitura propriamente dita. Qualquer leitor experiente que conseguir analisar sua própria leitura constatará que a decodificação é apenas um dos procedimentos que utilizamos quando lemos: a leitura fluente envolve uma série de outras estratégias como seleção, antecipação, inferências e verificação, sem as quais não é possível rapidez e proficiência. É o uso desses procedimentos que permite constatar o que vai sendo lido, tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, arriscar-se diante do desconhecido, buscar no texto a comprovação das suposições feitas e fazer acontecer o entendimento e a interação entre texto, autor e leitor.


2        O QUE É LEITURA


      Como podemos dar uma resposta precisa para uma pergunta tão simples, mas ao mesmo tempo tão complexa como essa? Diante dessa pergunta, procuraremos buscar possíveis respostas para isso em autores consagrados na área.
Silva (1984, p.37) explica que a leitura é um processo interativo, um intervir de vários fatores individuais, inconscientes e conscientes, que nos fazem compreender um texto escrito. A compreensão de um texto envolve o entendimento gramatical de palavras e frases, o entendimento dos argumentos, das motivações e intenções inerentes ao próprio texto e ao autor, envolve o entendimento do contexto.  Ou seja, a compreensão de textos envolve processos cognitivos múltiplos. E aqui, texto é tanto a bula de remédio quanto a cartilha técnica ou o poema. E tanto faz em que língua seja.
A leitura é um processamento onde os diversos conhecimentos prévios atuam concomitantemente, esforçando-se, revezando-se, para trazer-nos o entendimento do texto. A ativação do conhecimento prévio é essencial à compreensão do texto, pois são os conhecimentos do leitor que lhe permitem fazer as inferências necessárias para dar coesão à leitura.
Segundo Silva (1984):
A leitura é uma forma de encontro entre o homem e a realidade sócio-cultural: o livro (ou qualquer outro tipo de material escrito) é sempre uma emersão do homem do processo histórico, é sempre a encarnação de uma intencionalidade e, por isso mesmo, sempre reflete o humano (p.41).
Diante dessa idéia do que é leitura, percebemos que ler é muito mais complexo do que parece. Ler é ressignificar conceitos, é ir além de uma simples decodificação de símbolos, pois envolve uma série de práticas e experiências e diversos aspectos tais como: idade do leitor, tipo de leitura que busca nível intelectual, a necessidade e os fins dessa, o mundo em que esse leitor está inserido, entre outros aspectos.
Silva (1984, p. 45) afirma que “ler é, em última instância, não só uma ponte para tomada de consciência, mas também um modo de existir no qual o indivíduo compreende e interpreta a expressão registrada pela escrita e passa a compreender o mundo.” Assim, podemos afirmar que uma pessoa que possui o hábito de ler com freqüência tem maior facilidade para resolver situações, comunicar-se com seus semelhantes e também muito mais êxito em seus estudos, caso ainda o faça. É importante considerar como o leitor ativa seu conhecimento de mundo para interagir com o texto no ato da leitura.
Para Kleiman (2001), o conhecimento prévio é o nosso repertório, os nossos conhecimentos adquiridos e que fazem parte de nossa memória e inteligência utilizadas quando necessários na leitura. A autora aponta três tipos de conhecimentos prévios: conhecimento lingüístico, de mundo e textual. O conhecimento lingüístico é o básico dos conhecimentos prévios de leitura, é o falar uma língua desde nascença, é o conhecimento de uso da língua nativa que cada indivíduo tem. O conhecimento textual diz respeito ao conhecimento dos tipos de textos existentes, de suas estruturas e domínios discursivos, bem como de seus usos, o que faz uma homilia diferente de um poema e um poema diferente de um despacho jurídico, formalmente falando. O conhecimento enciclopédico ou conhecimento de mundo trata-se de nosso embasamento cultural, dos conhecimentos que vamos acumulando no cotidiano, nas nossas experiências, vivências e aprendizagens. Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume. Conforme afirma Boff (2001), cada um lê com os olhos que tem e interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura.  Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor.
Portanto, podemos concluir que leitura é a interação entre as informações do texto e o conhecimento prévio do leitor. Assim, quanto maior é o seu conhecimento sobre o assunto, o texto e a língua, melhor será o entendimento do leitor.


3        LEITURA E CONHECIMENTO PRÉVIO


           A leitura não pode ser concebida única e exclusivamente como um processo de decodificação. O processo de leitura é considerado ativo porque inclui predição, elaboração de hipóteses, previsões a respeito do texto e o leitor observa os recursos visuais, gráficos e sonoros (título, ilustração, gráfico, silhueta, tipo de letra etc.) e levanta uma série de hipóteses e começa a testá-las. Como afirma Leffa (1996:14), “a qualidade do ato da leitura não é medida pela qualidade intrínseca do texto, mas pela qualidade da reação do leitor”.
         Assim, o texto faz a mediação para a comunicação ou interação entre dois contextos: o do autor e o do leitor. É neste sentido que autor e leitor interagem atribuindo significados ao texto, muitas vezes quando lemos determinado texto ou uma charge agimos conforme o conhecimento prévio que possuímos, uma mesma charge pode ser muito engraçada para uma pessoa e sem significado algum para outra e isso depende do conhecimento prévio sobre o assunto que cada uma delas possui.
              Segundo Leffa (1996), na interação com o meio, o indivíduo vai percebendo que determinadas experiências apresentam características comuns com outras. Um almoço em casa com a família pode ser diferente de um almoço num restaurante com um executivo importante, mas há entre um e outro uma série de elementos comum que tipicamente caracterizam o acontecimento como almoço: a hora, o uso de talheres, a ingestão de alimentos, etc.
Esses mecanismos que acionamos ao efetuarmos uma leitura são elementos que formam um esquema são conhecidos como variáveis. Essas variáveis se caracterizam justamente pela possibilidade de variação entre um acontecimento e outro.
  Dessa forma, a leitura é um processo cognitivo que depende da participação do leitor, o qual atua dotado de sua própria “bagagem” cultural, participando também da construção do significado. E nessa relação com o texto, em busca das intenções do autor, o leitor torna-se participante da interação comunicativa.
Para Kleiman (1989), “(...) leitura implica uma atividade de procura pelo leitor, no seu passado de lembranças e conhecimentos, daqueles que são relevantes à compreensão de um texto, que fornece pistas e sugere caminhos, mas que certamente não explicita tudo o que seria possível explicitar”.
Para a referida autora, a leitura é um processo interativo, pois resulta da interação de diversos níveis de conhecimento – o conhecimento lingüístico, o conhecimento textual e o conhecimento de mundo. Para compreender um texto, o leitor utiliza o conhecimento prévio que é constituído por todo o conhecimento reunido ao longo de sua vida.


4     CONCLUSÃO

        Após a realização da leitura de diferentes autores concluímos que enquanto lê, o indivíduo interage, dialoga com o texto que tem à sua frente, ativando uma série de operações mentais e estratégias de leitura. Além disso, a leitura implica uma interação entre o conhecimento prévio do leitor e os dados fornecidos pelo texto. Conscientes disso, os alunos compreenderão suas próprias estratégias de leitura, ou seja, “o quê” e “como” fizeram para alcançar a compreensão de um texto.
Assim, aprendemos que para que se perceba mais claramente como funciona a teoria da compreensão de textos, alguns aspectos devem ser considerados, como a argumentação, a leitura, o conhecimento prévio e a intertextualidade.

BIBLIOGRAFIA

BOFF Leonardo. A águia e a galinha: uma metáfora da condição humana. 37 ed., 2001. Ed. Vozes.
KLEIMAN Ângela. Leitura ensino e pesquisa. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2001SCOTT. entrelinhas. Cadernos PUC, São Paulo: 16,
KLEIMAN, Ângela. Texto e leitor – aspectos cognitivos da leitura. Campinas/São Paulo, Pontes, 1989.
LEFFA, Vilson. Aspectos da leitura/uma perspectiva psicolingüística. Porto Alegre, Sagra Luzzato, 1996.
SILVA, Ezequiel T. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura.  São Paulo: Cortez, 1984.
SMITH, Frank. Compreendendo a Leitura: uma análise psicolingüística da leitura e do aprender a ler. Porto Alegre, Artes Médicas, 1989
SC SCOTT, M. Lendo nas entrelinhas. Cadernos PUC, São
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Um comentário:

  1. Oi, Jaqueline
    Tudo bem?

    Estou criando um blog e achei muito interessante o seu. Podemos "trocar figurinhas"?

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